segunda-feira, 26 de março de 2018

Este Jornal precisa de Mulheres a escrever


Há dias comemorou-se mais um Dia Internacional da Mulher. Foi só um dia. Já passou. Para o próximo ano volta a acontecer e, ano após ano, andamos a brincar aos dias fortemente aproveitados pelo comércio, mas o que realmente é necessário, a verdadeira igualdade de oportunidades, parece nunca acontecer.
Não gosto de saber que é preciso celebrar o Dia da Mulher, Dia do Pai, Dia da Mãe, Dia do Idoso, Dia da Criança… Tudo isto só mostra que é preciso agendar um dia para que nos lembremos das pessoas e, sinceramente, isto é mau demais enquanto assim for.
Também não vou nas modas de ‘listinhas só de mulheres’. Desculpem, mas para isso não contem comigo. Sou muito a favor da emancipação feminina. Sou um defensor acérrimo que as mulheres devem ter os mesmo direitos e deveres dos homens, mas para que a afirmação das mulheres seja uma realidade, não precisam de cometer os mesmos erros dos homens quando se juntavam para os melhores cargos e atiravam as mulheres para as lides domésticas.
Ao longo da minha vida profissional tive o privilégio de trabalhar em Escolas e Centros de Formação geridas por homens e outras por mulheres. Nunca me importou a questão de género. Nem me passou alguma vez qualquer questão a este propósito. O que me importava era a qualidade com que os assuntos eram dirigidos. Se há diferenças? Certamente que sim. Próprias de cada género e assim devem continuar. Há características próprias do homem e outras tantas próprias da mulher, o que faz com que ambos se complementem. E é assim mesmo que vejo o melhor do ser humano, a junção de homens e mulheres a trabalhar em conjunto para o bem comum ou para a verdadeira transformação e crescimento de uma sociedade saudável.
E por onde devemos começar?
Não querendo abusar da boa vontade do Diretor deste ‘nosso e vosso’ Jornal, penso que convidar umas Mulheres para dar a sua visão sobre Fafe talvez pudesse ser uma mais valia para engrandecer esta ‘instituição’ jornalística que já tem idade para ser ‘nosso avô’. É claro que o espaço pode ser um problema, mas sou o primeiro a dividir o meu espaço, se necessário for, para que em conjunto possamos contribuir para a verdadeira cidadania e a pluralidade de opiniões, onde a questão de género nunca será um problema.
Aos Leitores, Colaboradores e Diretores deste ‘nosso’ Povo de Fafe, deixo os votos de muitos parabéns por nos acompanharmos e partilharmos as nossas mais distintas opiniões.